Quando o assunto é investimentos existe uma variedade enorme de opções e diversidades a nível nacional e internacional. Contudo, este universo ainda é pouco conhecido e familiar para aproximadamente 60% da população brasileira, representando um portfólio interessante de opções de produtos financeiros para crescer e ser explorado e quando se fala em cenários internacionais, praticamente ainda inexplorado.
Alguns dos produtos financeiros mais habituais e conhecidos por uma parcela restrita dos brasileiros são renda fixa, renda variável, renda mista, caderneta de poupança, títulos públicos, CDB, fundos de investimentos, fundos cambiais, ações, previdência privada, entre outros. Os TOPS produtos que são os assuntos da vez, frente aos meios de comunicação e redes sociais, são as criptomoedas, ações e a caderneta de poupança por ser um investimento conhecido, seguro, tradicional e que detém a atenção de praticamente 29% da população.
Os dados mais recentes publicados em 27.07.21 em uma pesquisa realizada pela AMBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) em parceria com a Datafolha, na “quarta edição do raio X do investidor” apontam que a pandemia do coronavírus no ano de 2020 veio para mudar os cenários e comportamentos do mundo a nível de negócios e a dinâmica de consumo e renda.
A pesquisa revelou que pela primeira vez o número de investidores caiu. Também pela primeira vez a poupança perdeu adeptos, enquanto outros produtos financeiros foram mais utilizados. O levantamento revela nestes movimentos, perda de renda para parte da população, enquanto outra parcela gastou mais devido à mudança de hábitos.
Diante do distanciamento social de 2020 parte da população deixou de gastar com a redução dos gastos com viagens, festas, idas a bares e restaurantes favoreceu a formação de uma poupança involuntária por parte da população. Em 2019 em torno de 12 milhões de brasileiros disseram economizar em razão de corte de gastos, em 2020 o total saltou para mais de 20 milhões de pessoas.
É afirmado em estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas) que 14% dos brasileiros estão nas classes A ou B e mais da metade ocupa lugar na classe C. Enquanto isso, um terço da população é classificado como D ou E, dentro deste contexto, do total da amostra da população brasileira das classes A, B e C ouvida pelo Datafolha, 40% são classificados como investidores e 60% como não investidores. Por investidor, entende-se alguém que tenha algum dinheiro aplicado em produtos financeiros, antes de 2020, na atualidade ou em um futuro não distante.
A pesquisa apontou que o perfil dos investidores é composto por 55% de homens e 45% de mulheres na faixa etária média de 42 anos de idade e distribuída geograficamente 48% no Sudeste, 17% Nordeste, 15% Sul, 14% Centro-Oeste e 6% Norte, sendo composta por 15% por cidadãos de ensino fundamental, 43% de ensino médio e 42% de ensino superior.
A renda familiar média é de R$ 7.100,00, sendo representada por 8% da classe A, 44% da classe B e 48% da classe C, onde 86% dos entrevistados trabalham e ou têm atividades remuneradas, 33% são assalariados registrados, 15% freelancers e 7% desempregados.
Entre as motivações para investir as principais citações estão manter o dinheiro aplicado para aumentar o patrimônio, comprar um imóvel, usar na aposentadoria, fazer viagens, comprar automóveis, investir num negócio próprio, educação, construir ou reformar.
Diante de um cenário tão vasto para exploração e tão cheio de oportunidades é imprescindível conhecer quais são os canais para realizar os investimentos, conhecer sobre os produtos financeiros, sua diversificação, liquidez, taxa de juros, inflação, riscos, impostos, prazo e os fatores que afetam a rentabilidade real, afinal para aumentar o patrimônio, o fator principal é não perder dinheiro e poder de compra ao longo do tempo.
Somado a isso, saber qual é o seu perfil investidor se é conservador, moderado ou agressivo vai ajudar a tomar as melhores decisões, aliadas ao seu planejamento estratégico que vai direcionar de forma mais segura e assertiva, quando o assunto é investimentos e o aumento do seu patrimônio.